Nado Sincronizado

A origem do nado sincronizado é controvertida. Não há dados incontestáveis a respeito de onde e quando começou a ser praticado. No entanto, acredita-se que tenha sido originado da natação artística, que, por sua vez surgiu do balé aquático. Vickers (1965) é de opinião que o citado esporte surgiu de formas simples de acrobacias na água, utilizando a música como fundo, e era conhecido pelo nome de Balé Aquático ou Natação Rítmica, como o ballet não era considerado esporte porque deixava de lado a técnica para priorizar a plasticidade dos movimentos, com o tempo, foi surgindo a necessidade de aperfeiçoamento para que as coreografias fossem cada vez melhor executadas.

A NS tinha o nome da Natação Artística e englobava duas disciplinas - a natação sincronizada e o balé aquático.O termo "Natação Sincronizada" foi citado pela primeira vez por Norman Ross, na primeira feita mundial de Chicago, em 1934 (Jones & Lindeman, 1975). Vickers acredita que este nome surgiu com a evolução técnica do desporto, quando este partiu para a competição. Jones & Lindeman relatam que a atividade passa a ser competitiva em 1939, por idéia de Frank Havlicek apoiado por Katherine Curtis e Lorder Hayes, do Wright Junior College. Para tal, criou as primeiras regras.Segundo Berliaux (1974), em 1945, Esther Willians divulga a NS através do filme "Bathing Beauties". Rackhan (1980) cita que em 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsinque, um grupo americano apresenta-se com figuras novas, sincronizando os movimentos com a música. Após este acontecimento são criadas ainda em 52 as regras pela Federação Internacional de Natação Amadora (FINA). Em 1955 foi aceito como desporto competitivo nos Jogos Pan-Americanos na cidade do México.

A estréia do nado sincronizado nos Jogos Olímpicos foi em Londres-1948, mas como demonstração (não valia medalhas). Ele esteve presente nas cinco edições seguintes, até Cidade do México-1968.A estréia como esporte oficial foi em Los Angeles-1984. As atletas concorreram em duas modalidades, solo e dueto, e o pódio foi o mesmo para as duas: ouro para os Estados Unidos, prata para o Canadá e bronze para o Japão.Nos dois Jogos seguintes, as medalhas em solo e dueto foram dos mesmos países: em Seul-1988, Canadá em primeiro, EUA em segundo e Japão em terceiro; em Barcelona-1992, EUA em primeiro, Canadá em segundo e Japão em terceiro.Em Atlanta-1996, houve uma única disputa: por equipe. Mas o quadro de medalhas teve os mesmos representantes dos Jogos anteriores e os EUA ganharam sua quinta medalha de ouro em sete possíveis, o Canadá a sua quinta de prata, e o Japão, a sua sétima de bronze.Em Sydney- 2000, houve disputa por equipes e dueto, no dueto as russas ficaram com o ouro, o Japão com a prata e bronze foi para a França, o Brasil só teve representantes no dueto e ficaram em 12º lugar; por equipes o ouro ficou também com a Rússia, com isso, o time consegue quebrar um tabu no nado sincronizado. Além de ganhar pela primeira vez na história uma medalha nesta modalidade, a Rússia ainda foi a primeira equipe a conseguir quebrar a hegemonia de canadenses, japoneses e norte-americanos; a prata foi para o Japão e o bronze ficou para o Canadá.O Rio de Janeiro foi o berço da modalidade no país.Não há no Brasil uma data precisa para o início da prática do nado sincronizado, mas sabe-se que a professora Maria Lenk organizou um grupo de balé aquático sem fins competitivos na Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, no Rio, em 1943.A primeira competição aconteceu na Associação Cristã de Moços do Rio, em 28 de julho de 1948, novamente sob a organização da professora Maria Lenk. A fase competitiva do esporte começou em 1954, durante os Jogos da Primavera, na antiga piscina do Fluminense.

As regras foram traduzidas para o português pela primeira vez em 1957.Quando o nado sincronizado estreou como esporte oficial, Los Angeles-1984, o Brasil já tinha certa tradição e estava lá, representado pelas irmãs Paula e Tessa Carvalho, que terminaram na 13ª colocação; Paula foi a 11ª no individual - até hoje a melhor participação do país.Em Seul-1988, Paula Carvalho voltou a competir e ficou em 15º. Erica MacDavid e Eva Riera participaram no dueto e foram as 12ª. Em Barcelona-1992 foi a vez de Cristiana Lobo e Fernanda Camargo, no dueto, alcançarem o 15º lugar.A partir de Atlanta-1996, passou a existir um Pré-Olímpico, e foi a primeira vez que o Brasil não participou. Em Sydney-2000, as irmãs Carolina e Isabela de Morais, que ficaram em 14º lugar no Pré-Olímpico de Sydney, em abril, competem no dueto.Com a vinda da NS canadense ao Brasil em 1978, houve novamente motivação de dirigentes e professores da aquática carioca a reativar as competições da NS.As brasileiras conquistaram a primeira medalha no Pan e ascenderam no ranking mundial, o que fez crescer o interesse pela modalidade. No dueto as gêmeas Carolina e Isabela de Moraes são as maiores representantes atualmente do Brasil, e ficaram entre as doze melhores do mundo na Olimpíada de Sydney.Mas a julgar pela procura que a modalidade vem despertando, a renovação pode ser mais rápida do que se poderia imaginar. Desde a medalha do Pan, cresceu a exposição à mídia da modalidade. Os reflexos foram quase que imediatos, que uma semana depois do Pan, muita gente procurou as academias de natação atrás dessa modalidade, e agora com a boa apresentação que tivemos nas olimpíadas, a procura deve crescer ainda mais. Rússia supera EUA e é a nova potência do esporte.

As norte-americanas têm um retrospecto invejável nos Jogos Olímpicos: das sete vezes em que o esporte valeu medalha, as norte-americanas conseguiram cinco ouros e duas pratas. Entretanto, suas principais atletas se aposentaram depois de Atlanta, e a hegemonia não existe mais. Pode ser a primeira vez que uma das provas do nado sincronizado não conte com uma norte-americana no pódio.Se nos sete primeiros Mundiais todos os 21 ouros (solo, dueto e equipe) foram divididos entre EUA e Canadá, no último, em 1998, foi consolidada uma nova potência do nado sincronizado: a Rússia foi a vencedora nas três categorias. Para aumentar seu favoritismo, as russas são as atuais campeãs do Pré-Olímpico, da Copa do Mundo e dos Jogos da Amizade em todas as modalidades do esporte.Dois países correm por fora: Japão e França. As japonesas conquistaram sete medalhas de bronze em Jogos Olímpicos. Para Sydney-2000, chegam com mais força e chances de resultados melhores: pegaram o segundo lugar nas duplas e por equipe no Pré-Olímpico deste ano e no Mundial em 1998.Se não chega a ter um retrospecto tão impressionante quanto EUA, Rússia e Japão, a França vem crescendo nas últimas competições e tem no currículo o terceiro lugar no Pré-Olímpico em duplas e o quinto por equipe.

Nado Sincronizado

O Nado Sincronizado é a mais jovem das modalidades olímpicas de piscina. A estréia do esporte em uma Olimpíada ocorreu em Los Angeles 1984. Pouco tempo depois, a modalidade começou a ser praticada em São Paulo. Nos últimos anos, as paulistas passaram a rivalizar com as cariocas nos campeonatos brasileiros.

E não foi surpresa a convocação de diversas brasileiras para o último mundial. O dueto das gêmeas Isabela e Carolina de Moraes (Paineiras) passou a ser referência obrigatória quando se fala em Nado Sincronizado.

Mas São Paulo quer mais. Para isso criou há alguns anos o programa Primeiros Passos, que visa difundir a modalidade e, com isso, aumentar o número de praticantes.

Os resultados têm surgido a tal ponto que nessa temporada foi possível realizar um campeonato paulista.

O NADO SINCRONIZADO É DISPUTADO SOB TRÊS FORMAS:

Solo ( um atleta )

Dueto ( duas atletas )

Conjunto ( quatro à oito atletas )

Exige-se das praticantes uma técnica aprimorada em suas coreografias, que ocorrem em sintonia com o som sub-aquático.

As atletas são avaliadas sob duas formas, em figuras e rotina livre. Na parte de figuras, a avaliação tem como base a técnica e a execução dos movimentos exigidos. As rotinas são livres.

Fonte: www.aquaticapaulista.org.br

Regras do Nado Sincronizado

REGRA 1

O nado sincronizado acontece em duplas ou em equipe. Os três principais requisitos são execução, sincronia e dificuldade, além da criatividade. Quanto mais inovações, maior pontuação as nadadoras conquistam.

Nos Jogos Olímpicos a piscina, onde acontece a demonstração, deve ter 3 metros de profundidade de a largura de no mínimo 20 x 30 m. A água tem de estar a uma temperatura de 26 graus. As competições são divididas em duas partes. Na primeira, as atletas realizam individualmente movimentos pré-determinados pela regra para uma banca composta por 5 ou 7 juízes. A figura é formada pelo conjunto de posições e movimentos básicos. Nessa parte, são observados o controle da atleta (altura, técnica e suavidade nos movimentos e transições) e seu desenho (ângulos e posições do corpo).

Na segunda, são realizadas coreografias divididas em três modalidades: solo, dueto e equipe (que é formada de no mínimo quatro e no máximo de oito atletas). As atletas interpretam um tema musical buscando criatividade, variedade e sincronismo com a música. São avaliadas a sincronia dos atletas entre si e a plena utilização da piscina.

REGRAS 2

REGRAS 3

REGRAS 4

REGRAS 5

Fonte: www.terra.com.br