SALTOS ORNAMENTAIS

Publicado  quarta-feira, 19 de outubro de 2011


SALTOS ORNAMENTAIS


salto ornamental História dos Saltos Ornamentais
Os saltos ornamentais, também chamados de saltos para a água, designam o conjunto de habilidades de um atleta em saltar de uma plataforma elevada em direção à água, executando movimentos estéticos durante a queda.
A história dos saltos ornamentais tem origem na Grécia Antiga, onde era praticado por pessoas que moravam na costa. Elas pulavam de rochedos, mergulhando no mar. Na história moderna, o esporte começou a ser praticado no norte da Europa, no século 17, quando ginastas suecos e alemães praticavam suas acrobacias saltando de superfícies planas e caindo n’água.
Porém, a primeira prova documentada data de 1871, quando uma competição foi realizada utilizando a ponte de Londres como plataforma. Doze anos depois foi construída, na mesma cidade, uma torre de cinco metros de altura exclusiva para saltos.
Inclusão nas Olimpíadas
Com regras internacionais fixadas pela Federação Internacional de Natação (Fina), a prova de saltos ornamentais foi incluída nos Jogos de Saint Louis-1904, mas contou apenas com a participação masculina. As mulheres só começaram a competir por medalhas nas Olimpíadas de Estocolmo-1912, na plataforma. O trampolim feminino só foi disputado na Antuérpia-1920.
Desde 1904, os Estados Unidos dominam o esporte, sendo os primeiros no quadro geral de medalhas, tanto no masculino quanto no feminino. De Paris-1924 até Helsinque-1952, os norte-americanos conquistaram todos os 24 ouros em disputa. A supremacia durou até os anos 80, quando a China e a então União Soviética passaram a dividir o pódio com os rivais.
saltos ornamentais História dos Saltos Ornamentais
Entre os homens, Greg Louganis, dos Estados Unidos, é o único com quatro medalhas de ouro em duas Olimpíadas – Los Angeles-1984 e Seul-1988. Outro atleta que brilhou foi o italiano Klaus Dibiasi, tricampeão olímpico. No feminino, a norte-americana Pat McCormick e a chinesa Fu Mingxia, com quatro ouros cada, são as estrelas.
Nas Olimpíadas de Sydney-2000, a prova de saltos sincronizados foi introduzida no programa. Os chineses Xiao Hailiang e Xiong Ni foram os primeiros campeões, enquanto as russas Vera Ilina e Ioulia Pakhalina ganharam o primeiro ouro no feminino.
Regras
  • Existem três tipos de saltos ornamentais: trampolins de 1 e 3 m e plataforma de 10 m. Nos Jogos Olímpicos, são disputadas duas modalidades: trampolim de 3 m e plataforma de 10 m – individual e sincronizado. Durante as competições masculinas, cada atleta deve realizar seis saltos, enquanto as mulheres saltam cinco vezes.
  • Após cada salto, o árbitro faz um sinal aos juízes com o apito. Os sete juízes, que não se comunicam entre si, imediatamente divulgam suas notas, que variam de zero a dez. Depois de apresentadas, a nota mais alta e a mais baixa são descartadas. O restante é somado e multiplicado pelo grau de dificuldade do salto. Os juízes avaliam os atletas em quatro momentos: partida, início, vôo e entrada n’água.
  • Até 24 horas antes de se apresentar, o atleta deve mandar uma lista com os saltos que vai executar na competição. Existem pelo menos 82 tipos de saltos. Se ele não seguir o programado, a nota é zero. A apresentação só é considerada terminada depois que o corpo inteiro do saltador submergir.
  • Em Sydney-2000, os saltos sincronizados foram disputados pela primeira vez. Na prova, dois atletas pulam ao mesmo tempo e são avaliados por nove juízes. Quatro deles julgam os saltadores individualmente e cinco observam a atuação em conjunto.
  • A plataforma deve ser rígida, estável, e posicionada a 10 metros de altura da piscina. A base da plataforma, com 6 m de comprimento e 2,6 m de largura, é coberta por material antiderrapante.
  • A base do trampolim é feita de alumínio, e tem 0,5 m de largura por 4,8 m de comprimento.

BRASIL NOS SALTOS ORNAMENTAIS


Os saltos ornamentais se desenvolveram no Brasil a partir da chegada da natação ao país, já no século 20. Apesar de já existir um trampolim rudimentar no rio Tietê, providenciado pelo clube Esperia, em São Paulo, a primeira prova da modalidade no país aconteceu em 1913, na praia de Botafogo, no Rio de Janeiro. Seis anos depois, foi construída a primeira piscina para saltos ornamentais no Fluminense.

De Adolfo a César Castro

Nas Olimpíadas, o Brasil iniciou sua participação em 1920, nos Jogos da Antuérpia. Adolfo Wellish representou a delegação na modalidade, ficando em oitavo lugar na prova da plataforma plana, que já não é disputada. Entre as mulheres, a estréia aconteceu apenas em Melbourne-1956, com Mary Dalva, que terminou na 17ª posição na plataforma.
A melhor colocação brasileira nos saltos ornamentais veio com o sexto lugar no trampolim conquistado por Milton Busin em Helsinque-1952.
Em Sydney-2000, o saltador paulista Cassius Duran ficou em 14º lugar no trampolim. O brasileiro chegou à semifinal e acabou eliminado por apenas um ponto. Na mesma prova, a saltadora Juliana Veloso foi a 19ª na colocação geral. Na plataforma, a brasileira ficou em 35º.
Quatro anos depois, em Atenas, César Castro igualou o feito de Milton Busin ao chegar entre os 12 finalistas do trampolim de 3 m. O atleta é uma das esperanças de medalha do Brasil na disputa. Castro conquistou bons resultados nos últimos anos, como a prata no Pan-Americano do Rio 2007.
Além de César Castro no trampolim de 3 m, o Brasil vai contar com um trio na prova da plataforma de 10 m: Juliana Veloso, Cassius Duran e Hugo Parisi.

CURIOSIDADES SOBRE O SALTO 

Vamos conhecer hoje algumas curiosidades relacionadas aos Saltos Ornamentais e a sua história.

Ainda criança

A medalhista de ouro mais jovem de toda a história das Olimpíadas é atleta dos saltos ornamentais. Trata-se da norte-americana Marjorie Gestring, que venceu a prova do trampolim de 3 metros em 1936, nos Jogos Olímpicos da Alemanha, disputados em Berlim. Gestring foi convocada com apenas 13 anos, mas conseguiu alcançar a maior nota entre as atletas e ficar com o ouro olímpico da competição.

Olha o pato!

As primeiras competições de saltos começaram em 1880. Na época, os competidores saltavam em lagos, já que os primeiros trampolins vieram algumas décadas depois. Algumas vezes, os atletas atrasavam seus saltos para deixar os patos, que viviam nos lagos, passarem. Em outras, mergulhavam até o fundo e voltavam todos sujos à superfície, enroscados nos entulhos deixados pelos animais no local.

Domínio Geral

Alemanha e Suécia dominaram o esporte nas Olimpíadas de Londres-1908 e de Estocolmo-1912. Os alemães conquistaram ouro e prata no trampolim de 3 m e os suecos alcançaram ouro, prata e bronze na plataforma de 10 m, na Inglaterra. Quatro anos depois, na Suécia, os anfitriões conseguiram ouro e bronze na plataforma, e os alemães levaram ouro, prata e bronze, no trampolim.

Você Sabia?

• Pat McCormick, dos EUA, é a única campeã cuja filha medalhou no mesmo esporte. Em LA-1984, 28 anos após o ouro da mãe, Kelly foi prata no trampolim.
• A saltadora brasileira Juliana Veloso já admitiu à imprensa ter fraturado mais de 20 ossos durante seus treinamentos de plataforma e trampolim.
• Uma das regras dos saltos ornamentais é deixar a superfície da água sempre agitada. O objetivo é que o atleta possa perceber o nível da piscina.
• A norte-americana Mary Ellen Clark, que conquistou dois bronzes na prova de 10 m de altura, em Barcelona-1992 e em Atlanta-1996, sofre de vertigem.

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