TÊNIS DE MESA

Publicado  quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Tênis de Mesa


INVENÇÃO INGLESA APODERADA PELOS CHINESES

O tênis de mesa surgiu oficialmente no século XIX na Inglaterra, quando jogadores de tênis resolveram disputar partidas dentro de um ginásio. Imitando o tênis num ambiente fechado, os primeiros jogos da nova modalidade eram praticados com bolas de cortiça e livros fazendo a função da rede.
A partir daí, o pingue-pongue – apelido da modalidade - foi ganhando adeptos em diversas partes do mundo. O material usado foi mudado para uma rede fixa a dois pequenos postes sobre uma superfície de madeira elevada ao chão, e as bolas passaram a ser de borracha. Com essas inovações, coube ao americano James Gibbs, criador da American Athletic Association, estabelecer que as partidas seriam de 21 pontos.
Pouco depois, por intervenção do mesmo Gibbs, as bolas de borracha deram lugar a pequenas bolas de celulóide. Em 1894, a empresa Ayres Ltda. anunciava ao mundo um jogo de tênis em miniatura.
Os primeiros grandes torneios aconteceram na Inglaterra no início do século XX, com a participação de centenas de jogadores e premiações de até 25 libras esterlinas. Em 1901, foi criada na Inglaterra a Associação de Pingue-Pongue.
A raquete coberta com borracha em ambos os lados foi inventada pelo jogador inglês E.C. Good e as regras do jogo foram codificadas em 1922 pelo estudante da universidade de Cambrige, Ivo Montagu. Em janeiro de 1926, cinco países (Áustria, Inglaterra, Alemanha, Hungria e Suécia) fundaram a ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa, atualmente com 186 países filiados), em Londres, e logo veio o 1º Campeonato Mundial de Tênis de Mesa.
O tênis de mesa só foi reconhecido como esporte olímpico em 1977, por medida do diretor do COI, Harryu Banks, e sua estréia em Olimpíadas foi em Seul, na Coréia do Sul, em 1988.
Os chineses são os maiores vencedores nesse esporte: 16 das 20 medalhas olímpicas foram ganhas pelo país. Em Atenas, na Grécia, em 2004, eles conquistaram os torneios feminino e masculino de duplas e o individual feminino.

Tênis de mesa no Pan

O tênis de mesa apareceu pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos em 1979, em San Juan, Porto Rico, e o Brasil sempre foi o maior vencedor desse esporte ao longo de todas as edições do evento.
A hegemonia brasileira na América Latina pôde ser observada com o tetracampeonato de tênis de mesa por equipes nos anos de 1983, 1987, 1991 e 1995. O mesatenista Hugo Hoyama conquistou nada menos do que dez medalhas na história dos Jogos, sendo sete de ouro. Caso ganhe duas medalhas em 2007, Hoyama passará a ser o maior medalhista brasileiro em Jogos Pan-Americanos, ao lado do também mesatenista Cláudio Kano.
Kano foi outro atleta com desempenho espetacular nesta modalidade. Recordista de todos os esportes em número de medalhas conquistadas em Jogos Pan-Americanos (12 ao todo, sendo sete de ouro), faleceu em um acidente de motocicleta em 1996, sendo que até hoje o esporte se ressente de sua categoria e seu carisma.
No total, o Brasil ganhou 25 medalhas na história do Pan, sendo dez de ouro, seis de prata e nove de bronze. Em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003, no entanto, a equipe brasileira ficou em segundo lugar, atrás dos Estados Unidos, pois ganhou um ouro, duas pratas e um bronze, contra dois ouros, uma prata e um bronze dos americanos. A República Dominicana, com um ouro, uma prata e dois bronzes terminou em terceiro lugar. A Argentina, com duas de bronze, ficou na frente de Chile e Venezuela, ambos com um bronze somente.
Fonte: br.esportes.yahoo.com
Tênis de Mesa no Brasil

O TÊNIS DE MESA DO BRASIL NOS JOGOS OLÍMPICOS

O Brasil teve quatro representantes no tênis de mesa em Pequim: Gustavo Tsuboi, Thiago Monteiro, Hugo Hoyama e Mariany Nonaka. Nenhum deles, porém, obteve um grande resultado.
Mariany Nonaka foi eliminada na primeira fase na chave de simples feminina, assim como Gustavo Tsuboi e Thiago Monteiro, no masculino.
Na disputa por equipes, Gustavo, Thiago e Hugo perderam todos os três confrontos na chave de grupos e não se classificaram para a fase seguinte. Como já era esperado, os chineses ficaram com absolutamente todas as medalhas de ouro do tênis de mesa em Pequim.
Tênis de Mesa no Brasil
Imagem cedida por: Comitê Olímpico Brasileiro
Representante brasileiro Hugo Hoyama


O tênis de mesa em Pequim

Local de disputa: Ginásio da Universidade de Pequim
Data de disputa: 13/08 a 23/08

A PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NA HISTÓRIA DOS JOGOS

Os primeiros praticantes do tênis de mesa no Brasil foram turistas ingleses, que por volta de 1905 começaram a implantá-lo em nosso país. Porém, foi apenas em 1912 que o esporte passou a ser praticado de uma forma organizada, visto que antes só era apreciado em residências e clubes.
Naquele ano foi disputado o primeiro campeonato por equipes em São Paulo, que sagrou o Vitória Ideal Clube como campeão. O esporte teve altos e baixos até 1942. A partir daí, atletas cariocas como De Vicenzi, Neves e Ferreira, juntos com os paulistas Bologna, Nunes e W. Silva, aprovaram as novas regras e assinaram convênios que levaram o Tênis de Mesa à oficialização na Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
Em 1947, De Vicenzi conseguiu levar o Brasil ao terceiro Campeonato Sul-Americano, estabelecendo de vez o tênis de mesa brasileiro no cenário internacional. Diante destas conquistas no passado, hoje o esporte está presente em todos os estados do país, que congregam mais de 20 mil atletas.
O Brasil não tem uma grande tradição no Tênis de Mesa olímpico. O país jamais conquistou uma medalha na história das Olimpíadas. Nas últimas competições, os brasileiros não foram bem. Em Atenas (2004), o Brasil venceu apenas uma partida, terminando os jogos com uma fraquíssima campanha. Somente Thiago Monteiro conseguiu uma vitória.
Hugo Hoyama, maior mesa-tenista brasileiro, teve fracas atuações nos Jogos Olímpicos que disputou. Em 1992, em Barcelona, ele caiu logo na primeira fase. Em Atenas, alcançou sua melhor posição em Olimpíadas, ficando na nona colocação. A boa apresentação não se repetiu nos anos seguintes. Em Sidney, Hugo foi eliminado na terceira rodada e em Atenas voltou para casa ao perder o primeiro jogo.
Em Pequim, o tênis de mesa brasileiro foi representado por quatro atletas: Thiago Monteiro, Gustavo Tsuboi, Mariany Nonaka e Hugo Hoyama. Todos, porém, foram eliminados na primeira fase.

BRASILEIROS QUE SE DESTACAM NO TÊNIS DE MESA

Tênis de Mesa no Brasil
Imagem cedida por: Comitê Olímpico Brasileiro
Hugo Hoyama, maior mesa-tenista brasileiro
Na história do tênis de mesa brasileiro aparecem dois atletas em destaque. Hugo Hoyama, com dez medalhas em Jogos Pan-Americanos, sendo sete de ouro, e Cláudio Kano, com 12 medalhas em Pan-Americanos, sendo também sete de ouro. Este último faleceu em um acidente de motocicleta em 1996.
Tênis de Mesa no Brasil
Imagem cedida por: Comitê Olímpico Brasileiro
Gustavo Tsuboi, um dos quatro representantes brasileiros em Pequim
Hoyama também é detentor do melhor resultado para o tênis de mesa brasileiro até hoje. Na Olimpíada de Atlanta, em 1996, ele chegou às oitavas-de-final da competição eliminando o campeão mundial Jorgen Persson, da Suécia.
Tênis de Mesa no Brasil
Imagem cedida por Comitê Olímpico Brasileiro
Thiago Monteiro
Mais recentemente Thiago Monteiro passou a ganhar espaço. Ele já constou entre os 100 primeiros do ranking mundial. Mariany Nonaka, que com 16 anos participou da Olimpíada de Atenas, também figura com destaque.
Tênis de Mesa no Brasil
Imagem cedida por: Comitê Olímpico Brasileiro
Mariany Nonaka, participou da Olimpíada de Atenas com apenas 16 anos

REGRAS DO TÊNIS DE MESA

O objetivo do tênis de mesa é o mesmo do seu “irmão mais nobre”, o tênis. Disputado em ginásios fechados, os jogadores devem bater a bolinha para o lado oposto dificultando ao máximo a rebatida do adversário, que pode não ocorrer ou ser feita de maneira deficiente. Quem errar menos, faz mais pontos e vence.
Os jogos são divididos em sets, sempre em numero ímpar, e vence aquele que fizer 11 pontos primeiro. Caso a partida empate em 10 a 10, ganha o mesa-tenista que abrir dois pontos de vantagem. Na Olimpíada, os jogos individuais serão disputados em melhor de sete sets, enquanto os de duplas ocorrerão em melhor de cinco.
Começa sacando o jogador que vencer o sorteio inicial. No saque, o jogador deve se posicionar atrás da linha de fundo da mesa, lançar a bolinha para cima – no mínimo 16 cm – e bater para o lado do adversário. A bola deve tocar o campo do sacador, passar pela rede, sem tocá-la, e cair no campo do adversário, que deve tentar rebater. Cada atleta saca duas vezes e passa esse direito ao oponente, mudando sempre quando a soma dos pontos seja dois ou seus múltiplos. Quando há empate por 10 a 10, a seqüência de saques e recepções deve ser a mesma, mas cada atleta deve produzir somente um saque até o fim do jogo. Durante o duelo, o mesa-tenista não pode encobrir a bola com o braço ou a raquete, pois o rival deve enxergá-la totalmente.
A mesa de jogo tem 2,74 metros de comprimento, 1,525 de largura e 76 centímetros de altura. Ela é dividida ao meio por uma rede com 1,83 m de comprimento e 15,25 cm de altura. Nos jogos de duplas, a superfície é dividida em duas partes iguais por uma linha branca de 3 milímetros de largura na vertical. A bola pesa 2,7 gramas e tem 40 mm de diâmetro. As raquetes devem ser de madeira (no mínimo 85% da espessura de sua lâmina) e podem ter qualquer tamanho, peso ou formato.
A partida deve ser interrompida quando o saque tocar a rede, o adversário não estiver preparado para receber o saque, ocorrer um erro na ordem do saque, recebimento ou lado; ou caso as condições de jogo forem perturbadas, como pelo barulho, por exemplo.
O esporte pode ser disputado tanto individualmente como em duplas. A principal diferença está nas trocas de bolas. Nas duplas, ao contrário do que ocorre nas partidas de simples, os atletas da mesma equipe devem se alternar na recepção, não podendo rebater de maneira consecutiva nenhuma vez. Além disso, no momento do saque, o jogador deve mandar a bola do lado direito da sua quadra para o lado direito da quadra do oponente.
Como o jogo em andamento, perde ponto quem errar o saque ou a resposta; tocar a bola duas vezes seguidas; deixá-la bater em seu campo mais de uma vez; rebater com o lado de madeira da raquete, movimentar ou tocar a mesa de jogo durante a seqüência e quem tocar a rede ou seus suportes. Quem cometer alguma dessas infrações, a não ser que a partida sofra obstrução – seja paralisada – dá um ponto ao adversário.
Os jogadores podem utilizar camisa, shorts ou saias de qualquer cor. A regra é mudada quando os atletas usam vestimentas da mesma cor das bolinhas – branca ou laranja. È permitido apenas o uso golas e mangas de cor igual ao da bola.

CURIOSIDADES

- Até 1985, existiam apenas dois estilos de jogo: o clássico e o caneteiro. No primeiro, o jogador usa os dois lados da raquete. Já no caneteiro, o atleta segura na raquete como uma caneta e bate só com um de seus lados.
- Em 1997, o Comitê Olímpico Internacional reconheceu o tênis de mesa como esporte olímpico. Em 80, o esporte participou dos jogos como exibição. Finalmente, em 1988, em Seul, foi um dos esportes que premiava os atletas com medalhas, estabelecendo a modalidade nas Olimpíadas.
- A velocidade da bolinha do tênis de mesa pode alcançar até 200 km/h no momento do saque. A dificuldade para quem defende é muita, visto que a distância entre um atleta e outro é curta e a velocidade da bola é muito alta.
- As Olimpíadas de Atlanta, em 1996, estabeleceram os chineses como os grandes vencedores do tênis de mesa. Eles conquistaram todas as medalhas de ouro no masculino e no feminino e três das quatro de prata.

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