TÊNIS

Publicado  quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Tênis



A ORIGEM DO TÊNIS A PARTIR DE JEU DE PAUME

Há muitas teorias para o surgimento do tênis, mas há um consenso de que a França estabeleceu as bases reais do jogo com o surgimento do "jeu de paume" (jogo da palma), no final do século XII e início do XIII.
No tênis primitivo as raquetes não eram empregadas. Os jogadores usavam as mãos nuas e depois optaram por usar luvas. No século XIV, já havia jogadores que usavam um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como "battoir" e que mais tarde recebeu um cabo e também as cordas trançadas. Era o nascimento da raquete, uma invenção italiana.
Com o tempo, o tênis deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o "longue-paume", que permitia a participação de até seis jogadores de cada lado. Mais tarde apareceu o "court-paume", jogo similar, disputado em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e exigindo uma superfície menor para sua prática.
Muitos reis da França tinham no "jeu de paume" sua principal diversão, chegando a ponto de o rei Luís XI decretar "que a bola de tênis teria uma fabricação específica: com um couro especialmente escolhido, contendo chumaço de lã comprimida, proibindo o enchimento com areia, giz, cal, cinza, terra ou qualquer espécie de musgo". Para se ter uma idéia do crescimento do esporte na França, o rei Luís XII (1498 a 1515) pediu a um francês de nome Guy Forbert para codificar as primeiras regras e regulamentos e fez construir em Órleans, cidade onde tinha o seu palácio, nada menos que 40 quadras.
Em plena "Guerra dos Cem Anos", o rei Carlos V condenou o "jeu de paume", declarando que "todo jogo que não contribua para o ofício das armas será eliminado". Com tal proibição, lembrando que o jogo era praticado até aos domingos, pode-se deduzir que o novo esporte alcançou uma grande popularidade na França.
Com a Revolução Francesa, as Guerras Napoleônicas, o esporte praticamente desapareceu junto com a destruição das quadras. No século XIX, um jogador J. Edmond Barre, que se sagrou campeão da França em 1829 e conservou o título por 33 anos, até 1862.

O Lawn Tennis

O Major Walter Clopton Wingfield é apontado como o criador do tênis por alguns autores ingleses, mas 1858, na cidade de Birmingham, ou mais propriamente no distrito de Edgbaston, o português João Batista Pereira jogou uma partida de lawn tennis - ou algo similar ao jogo, sobre a grama com o Major T. H. Gemm, acontecimento esse que deu origem à evolução da nova modalidade de esporte - o lawn tennis.
Na "História do Tênis", de Lance Tingay, ressalta-se que o lawn tennis, tal como o criquet, o futebol e o golfe, não tem propriamente inventor, é uma questão mais de evolução do que invenção. A Enciclopédia Espanhola tem uma gravura, mostrando a Rainha Vitória dando o "saque inicial" de uma partida de tênis no Parque de Wimbledon, em uma cerimônia presenciada por milhares de pessoas, banda de música, altos dignatários, chefes de exércitos e o mais curioso de tudo: a data de 1860, muito antes da "invenção " do Major Wingfield em 1873 e da inauguração do Torneio de Wimbledon, dezessete anos mais tarde, em 1877 (veja mais sobre Wimbledon em "Grand Slam").
O que Wingfield fez foi patentear em 1874 um "kit" de madeira, tendo um manuscrito com o regulamento e detalhes do jogo, quatro raquetes, a rede e as bolas. Ele vendia essa caixa por cinco guinéus. Para aceitar as idéias de Wingfield foi convocada uma reunião pública em Londres, que em 25 de maio de 1875, aprovaram o novo código do lawn tennis, inclusive a tão discutida pontuação em fração de 15 pontos.

O Tênis do Brasil nas Olimpíadas

O tênis voltou a ser um esporte olímpico a partir da Olimpíada de Seul, em 1988. A última medalha de ouro olímpica havia sido colocada no peito do norte-americano Vincent Richards, nos longínquos Jogos de 1924, em Paris (Como amador, o tênis esteve em Atenas/1896, Paris/1900, 1904/St.Louis,
1908/Londres, 1912/Estocolmo, Antuérpia/1920, Paris/1924, como esporte-demonstração participou do México/68 e Los Angeles/1984).
Para o Brasil, que não esperava mais do que uma boa participação, as primeiras Olimpíadas não foram uma decepção. Luiz Mattar, designado como cabeça 16, caiu na primeira rodada, mas fez um jogo incrível contra o australiano Wally Masur, perdendo por 3 a 2, em mais de três horas de jogo. A bela
paranaense Gisele Míró derrotou na estréia a canadense Helen Kelesi, 25a do mundo, mas perdeu na segunda rodada para a experiente búlgara Katerina Maleeva. Nas duplas, Mattar e Ricardo Acioly venceram a parceria japonesa na estréia mas caíram na segunda rodada diante dos franceses Henri Leconte e Guy Forget.
Em Barcelona, o Brasil teve Luiz Mattar, Jaime Oncins, Andrea Vieira e Cláudia Chabalgoity como representantes. Jaiminho vivia um grande momento. E não decepcionou. Dos demais, contudo, não se pode dizer o mesmo.
Em Atlanta, Fernando Meligeni deu a grande arrancada em sua carreira. Lutou muito com Bruguera para disputar ouro, mas perdeu e, na disputa pelo bronze com o indiano Leander Paes, também não conseguiu. Mas fez história, tornando-se o melhor brasileiro em Jogos Olímpicos.
Após chegar ao topo do mundo, Guga foi como um dos favoritos em Sydney. Apesar da grande expectativa, o brasileiro não resistiu às quartas-de-final contra o russo Yevgeny Kafelnikov, que ficaria com a medalha de ouro do torneio. No feminino, as campeões pan-americanas Joana Cortez e Vanessa Menga fizeram a melhor participação brasileira nos jogos de duplas, alcançando a segunda rodada. Já a dupla masculina, formada por Guga e Jaime Oncins não deu sorte e caiu na estréia diante dos campeões canadenses.

O Tênis brasileiro nos jogos Pan-Americanos

A melhor participação do Brasil em Jogos Pan-americanos ainda é a de 1963, quando ganhou três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, em São Paulo. Na época, tinha duas estrelas do tênis brasileiro: Maria Esther Bueno e Thomaz Koch.
A Segunda boa participação aconteceu no Pan de 1987, quando Gisele Miró e Fernando Roese (individual e duplas mistas) faturaram duas de ouro e uma de bronze.
O Brasil voltou a fazer uma boa campanha em Cuba, mas decepcionou em Mar del Plata. Em Winnipeg, no Canadá, as duplas brasileiras masculina e feminina fizeram a festa, conquistando duas medalhas de ouro. André Sá e Paulo Taicher e Vanessa Menga e Joana Cortez foram os representantes do País.
Fonte: www.cbt.esp.br

TÊNIS - O JOGO

Tênis
A quadra de tênis
Uma quadra oficial de tênis deve medir 23,77 metros de comprimento por 10,97 metros de largura paras as partidas de duplas (as linhas externas – ver figura acima) e de 8,23 metros de largura para o jogo de simples (linhas internas). A rede deve ter altura de 1,06 metros e a área de saque onde a bola deve pingar na execução de um saque é de 6,40 metros de comprimento por 4,11 metros de largura.
Tênis
A bola
A bolinha de tênis deve ter uma superfície externa uniforme e ter as cores branca ou amarela. Se houver qualquer junta, esta não pode apresentar costura. Seu diâmetro está entre 6,35 a 6,67 centímetros e seu deve ser maior do que 56,7 e menor do que 58,5 gramas.
Tênis
A Raquete
Dentro de um padrão rígido de normas, a raquete de tênis deve ter sua superfície plana e não é permitido mais de um padrão de cordas na face de uma mesma raquete. Este padrão deve ser uniforme e não menos denso no centro do que em outras áreas.
A raquete não pode exceder o tamanho de 73,66 centímetros no seu comprimento, incluindo o cabo, e também não pode exceder os 31,75 centímetros de largura total.
A sua superfície encordoada não deve exceder os 39,37 centímetros no seu comprimento e os 29,21 centímetros na sua largura.
Tênis
Os Juízes
Em uma partida de tênis há no total cerca de 12 juízes divididos em Juiz de cadeira, juiz de rede, juizes de linha laterais e central, juizes de serviço e juizes de saque. Abaixo, você verá quem é cada um deles e quais as suas funções. Observe a figura acima com as explicações abaixo.
Juiz de cadeira: É responsável por comandar a partida. Ele anuncia o placar e tem o poder de reverter as decisões dos demais árbitros. Aplica penalizações, como advertência, perda de ponto e suspensão.
Juiz de rede: Fiscaliza se a bola toca ou não na rede durante um saque. Um dispositivo eletrônico pode auxiliá-lo.
Juiz de saque: São dois em quadra. São responsáveis por cuidar se o saque dado pelo tenista adversário não saiu da linha de saque.
Juiz de serviço: São dois. Observam se o atleta não pisa na linha na hora do saque.
Juízes de linha: São quatros os juízes de linha, dois de cada lado da quadra. Eles são responsáveis por identificar se o saque entrou ou não na área de serviço e orientam o juiz de cadeira em relação as faltas.
Juiz central de linha: São dois também. Observam se a bola atinge o lado correto da quadra na hora do saque.
Juiz de fundo de quadra: Ele pode suspender o jogo por causa do mau tempo, por exemplo. Além disso, pode desclassificar um atleta por conduta antidesportiva.
Pegador de bola: É o responsável por apanhar as bolas na quadra e alcança-las aos tenistas.
Tênis
Regras básicas do jogo de tênis
Já conhecemos tudo o que se precisa para jogar o tênis nos capítulos acima. Agora, vamos ver como é jogado o tênis tanto o de simples quanto o de duplas, mostrando as regras básicas para melhor compreensão do jogo.
O objetivo: O objetivo do tênis é fazer com que a bolinha passa por cima da rede e quique dentro da quadra adversária. Os jogadores devem rebater a bolinha em direção ao adversário antes ou depois dela pingar uma única vez. Se a bola quicar duas vezes, para na rede ou for rebatida para fora da quadra, o ponto será concedido ao adversário. Um sorteio define quem inicia a partida.
A partida: A partida é dividida em sets, games e pontos. Vence quem ganhar dois sets. Algumas competições realizam partidas com melhor de cinco sets, ou seja, ao invés de vencer dois sets, o jogador precisa vencer três.
O Set: O atleta que ganhar seis games, com uma diferença mínima de dois games em relação ao adversário, vence o set. Se o placar ficar em 5 a 5, dois novos games são jogados. Com novo empate, joga-se o tie break.
O Game: Os pontos são contados em 0, 15, 30, 40 e um game. Se houver empate por 40 a 40, vence quem fizer dois pontos seguidos.
O tie break: É o desempate do set. Nele, cada jogada vale um ponto. Após um tenista sacar a primeira bola, os jogadores alternam dois saques. Quem fizer sete pontos ou mais, sendo eles dois de diferença, vence o set.
O saque: Os saques, ou serviços, são alternados a cada game. Quem saca tem duas chances para acertar o serviço. Cada serviço, o tenista deve lançar a bola por cima da rede e atingir o solo dentro da área de saque diagonal oposta. Se o adversário não conseguir rebater a bola, o sacador ganha o ponto chamado de “ace”. Já quando um jogador vence o game enquanto o outro está sacando, ocorre a conhecida “quebra de serviço”. Em cada saque, ou serviço, o jogador deve se posicionar alternadamente do lado direito e esquerdo da quadra, começando sempre o game pelo lado direito.
Troca de lado: Os jogadores devem trocar de lado no fim do primeiro, do terceiro e de cada game ímpar subsequente de cada set e no final de cada set, a menos que o total de games naquele set seja par, caso em que a troca não é feita até o fim do primeiro game do set seguinte.
Bola na linha: Se a bola tocar na linha é considerada dentro da quadra. Portanto é ponto.
O sistema de pontos 0, 15, 30, 40 e game: Depois de pesquisarmos em alguns livros o porquê o sistema de pontuação do tênis é desta maneira, encontramos a resposta e ela é bastante curiosa. Os europeus se baseavam nas medidas do sextante, ou seja, a sexta parte de um círculo, o sextante, tem 60 graus. No passado, para vencer o adversário, um jogador deveria ganhar seis sets compostos de quatro games, cada um valendo 15 pontos. A pontuação total chegava ao resultado de 360 graus, que corresponde a um círculo completo. Com o passar do tempo, a progressão geométrica 15, 30, 45 foi modificada e o terceiro ponto passou a ser 40. O número foi modificado para facilitar o anúncio do marcador.

0 comentários: