VOLEI

Publicado  quarta-feira, 19 de outubro de 2011


VOLEIBOL




O Voleibol foi criado em 1885, emMassachussets, por William G. Morgan (1870–1942), responsável pela Educação Física no Colégio de Holyoke, no Estado deMassachussets, nos Estados Unidos da América.
Este professor de Educação Física, ao procurar criar uma nova actividade que fosse suave e motivante, ao contrário do fatigante e competitivo Basquetebol, que se pudesse praticar no Inverno e que não colocasse tantos problemas de material e de ocupação como o ténis, inventou uma nova modalidade, a que chamou de “minonette” e que deu origem ao Voleibol dos nossos dias.
William Morgan tentou criar uma actividade de carácter mais recreativo, que se adaptasse aos seus alunos e aos homens de negócios que frequentavam os seus cursos e que simultaneamente exigisse um grande esforço e uma movimentação variada. Ter-se-á inspirado do ténis, uma vez que permaneceu na sua ideia uma rede a dividir o espaço de jogo, ao mesmo tempo que o jogo deveria ser jogado num recinto rectangular, entre duas equipas separadas por uma rede, mantendo uma bola em movimento, até que esta tocasse no solo, ou fosse batida para além dos limites do campo.

O número de jogadores não era limitado, só tinha de ser igual para ambas equipas. O sistema de rotação era já usado, para que todos jogadores pudessem servir.
Era pois, um jogo que poderia ser jogado em recintos cobertos ou ao ar livre, por um qualquer número de jogadores, que não precisavam de material para bater a bola, pois poderiam fazê-lo com as próprias mãos. A dificuldade estava em arranjar uma bola de grandes dimensões e de pouco peso, que se adaptasse ao tipo de jogo que se havia idealizado.
Como a bola de basquetebol era muito pesada, começou por se usar a sua câmara, o que também se tornava demasiado leve. Foi então que a firma A. G. Spalding & Brothers criou uma bola idêntica à dos tempos actuais.
A primeira demonstração pública deste jogo foi realizada em 1896 noSpringfield College, durante uma conferência de directores de Educação Física do YMCA (Young Man Christian Association). Morgan apresentou duas equipas formadas por cinco jogadores, num campo de 15,35 m de comprimento, por 7,625 m de largura e com a rede colocada a uma altura de 1,98 m.
Durante a exibição o Prof. Alfred Halstead sugeriu a mudança de nome para “Volley-ball” que na sua opinião era mais adaptada ao jogo e com a qual Morgan concordou.
Estavam assim lançadas as bases de um jogo que, sofrendo variadas e profundas alterações, em breve se iria expandir e popularizar por todo o mundo.
As primeiras regras que se conhecem datam de 1896 e foram escritas por J. Y. Cameron, sendo as principais as seguintes:
  1. O jogo era constituído por noveinnings. Um inning consistia na execução de três serviços por jogador em cada equipa.
  2. Sistema de pontuação - uma equipa só marcava ponto quando possuía o serviço.
  3. A rede não podia ser tocada.
  4. A bola não podia ser agarrada.
  5. A bola podia tocar em qualquer objecto estranho ao jogo e se voltasse novamente à área de jogo podia continuar a ser jogada.
  6. Os jogadores podiam tocar na bola duas vezes consecutivas.
  7. O número de toques era ilimitado.
  8. O número de jogadores por equipa era variável.
  9. O campo tinha 50 pés (15,35 metros) de comprimento, 25 pés (7,625 metros) de largura e a rede estava colocada a uma altura de 6 pés e 6 polegadas (1,98 metros).
À medida que os jogadores foram evoluindo tecnicamente, que as equipas foram aperfeiçoando e melhorando a sua condição física e os conhecimentos tácticos, houve uma natural necessidade de modificar e aperfeiçoar as regras do jogo.
As regras do Voleibol sofreram uma evolução ao longo dos tempos, tendo sido introduzidas inúmeras alterações até aos dias de hoje.

A Federação Internacional de Voleibol foi fundada em 20 de Abril de 1947, em Paris, França, sendo o primeiro presidente o Sr. Paul Libaud e fundadores os seguintes países: Brasil, Bélgica, Egipto, França, Holanda, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, Roménia, Checoslováquia, Jugoslávia, Estados Unidos e Uruguai.

Em Setembro de 1962, no congresso de Sofia, o Voleibol foi admitido como modalidade Olímpica e a sua primeira disputa, por ocasião das Olimpíadas de Tóquio (Japão), em Outubro de 1964, com a presença de dez países no sector masculino. O primeiro campeão olímpico de Voleibol masculino foi a equipa da Rússia (URSS), vice-campeã a Checoslováquia, em 3º. lugar o Japão. O feminino contou com 6 países, com a selecção do Japão tornando-se campeã, vice-campeã a Rússia, em 3º. lugar a Polónia.

Em Portugal, o Voleibol foi introduzido pelas tropas norte-americanas que estiveram estacionadas nos Açores durante a primeira guerra mundial.
O engenheiro António Cavaco, natural da Ilha de S. Miguel, veio para Lisboa cursar engenharia e teve um papel preponderante na divulgação do Voleibol, nomeadamente nas Escolas Superiores e Faculdades e com mais incidência na Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, equipa que dominou o Voleibol nacional até à década de sessenta.
A Associação Cristã da Mocidade (A.C.M.), ramo português do Y.M.C.A., teve igualmente uma acção relevante na difusão do Voleibol em Portugal e a ela se deve a publicação do primeiro livro de regras escrito em português, bem como a sua importante contribuição para a fundação da Associação de Voleibol de Lisboa fundada em 28 de Dezembro de 1938.
Em 7 de Abril de 1947, foi criada em Lisboa, a Federação Portuguesa de Voleibol, cujo primeiro presidente foi Guilherme Sousa Martins, e que foi uma das fundadoras da Federação Internacional de Voleibol.
O primeiro Campeonato Nacional Masculino disputou-se em 1947 e teve como vencedora a equipa da A.E.I.S. Técnico.
Portugal participou no primeiro Campeonato da Europa em Roma, em 1948, e classificou-se em quarto lugar entre as seis equipas presentes.
A divulgação do Voleibol assume, para o educador, uma especial importância, devido ao seu alto valor educativo e por ser um precioso meio de educação integral, isento de violência e com forte apelo à educação colectiva.


Principais fundamentos do volei

Bloqueio:
Bloqueio
- É a defesa de uma cortada, realizada junto a rede.
- Só os jogadores de ataque podem praticá-lo.
- Consiste em saltar e procurar formar uma barreira com as mãos, tentando assim impedir a passagem da bola para seu campo.
Manchete:
Manchete
- É o golpe realizado com os antebraços unidos e com os braços estendidos para que a bola não toque no chão.
- O jogador tentará receber o saque adversário efetuando um passe para o levantador.
- Erros resultam em pontos para o adversário.
- Tem influência na continuidade do jogo, principalmente o ataque.
- Posição tem que ser realizada com eficiência (ver foto).
- É considerado um princípio de defesa.
Cortada:
Cortada
- É o salto seguido de um golpe forte e rápido, junto á rede, para que a bola vá direto para o chão do campo adversário –  principal fundamento de ataque.
- Exige domínio, força, velocidade e precisão.
- O cortador deverá considerar: seu repertório técnico, a qualidade do levantamento, a área coberta pelo bloqueio, armação de defesa adversária, seu estado psíquico e a situação de jogo e do set.
-  Além da potência da cortada, pode-se usar uma largada (que é uma cortada mais leve) que visa desviar a bola.
Levantada:
Levantada
- É o passe mais comum do esporte; com os dedos das mãos bem afastados, a bola é impulsionada na direção desejada quando se encontra em uma altura acima da cabeça.
- É o passe que antecede ao ataque; proporcionalmente existem muito menos levantadores de bom nível que cortadores.
- A maior ou menor habilidade dos levantadores define o próprio sistema de jogo de uma equipe;
quanto mais longos os passes ou levantamentos, maior o perigo da imprecisão.
- Um bom toque precisa de um bom passe (manchete).
Saque:
Saque
- É a ação que inicia ou reinicia o jogo a cada ponto ou vantagem. O jogador se coloca em uma posição indeterminada no fundo da quadra e envia a bola para o campo adversário.
- Fundamento classificado como princípio de ataque.
- São qualidades desejáveis no saque: regularidade, precisão e potência.
- Pontos mais importantes na realização do saque: controle da bola, sua velocidade e mudança de direção.

Regras básicas do volei

Para se jogar voleibol são necessários 12 jogadores divididos igualmente em duas equipes de seis jogadores cada. As equipes são divididas por uma rede que fica no meio da quadra. O jogo começa com um dos times que devem sacar.Logo depois do saque a bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário onde os jogadores tentam evitar que a bola entre no seu campo usando qualquer parte do corpo (antes não era válido usar membros da cintura para baixo, mas as regras foram mudadas). O jogador pode rebater a bola para que ela passe para o campo adversário sendo permitidos dar três toques na bola antes que ela passe, sempre alternando os jogadores que dão os toques. Caso a bola caia é ponto do time adversário.
O jogador pode encostar na rede, porém nao pode interfirir na passagem da bola no campo adversário ou no proprio campo. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais toques seguidos na bola.
O campo
É rectangular, com a dimensão de 18 x 9 metros, com uma rede no meio colocada a uma altura variável, conforme o sexo e a categoria dos jogadores (exemplo dos séniores e juniores: masculino -2,43m; femininos 2,24m). Há um linha de 3 metros em direção do campo para a rede, dos dois lados e uma distância de 6 metros até o fim da quardra. Fazendo uma quadra de extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9 metros de lado a lado.
A equipe
É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores efectivos -6 jogadores suplentes
Campo de Voleibol
As partidas de voleibol são confrontos envolvendo duas equipes disputados em ginásio coberto ou ao ar livre. O campo mede 18 metros de comprimento por 9 de largura, e é dividido por uma linha central em dois quadrados com lados de nove metros que constituem as quadras de cada time. O objetivo principal é conquistar pontos fazendo a bola encostar na sua quadra ou sair da área de jogo após ter sido tocada por um oponente.
Acima da linha central, é postada uma rede de material sintético a uma altura de 2,43m para homens ou 2,24m para mulheres (no caso de competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez dividida em duas áreas de tamanhos diferentes (usualmente denominadas “rede” e “fundo”) por uma linha que se localiza, em cada lado, a três metros da rede (“linha de 25 metros”).
No voleibol, todas as linhas delimitadoras são consideradas parte integrante do campo. Deste modo, uma bola que toca a linha é considerada “dentro” (válida), e não “fora” (inválida). Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.
A bola empregada nas partidas de voleibol é composta de couro ou couro sintético e mede aproximadamente 65cm de perímetro. Ela pesa em torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido a uma pressão de 0,30 kg/cm².
Estrutura
Ao contrário de muitos esportes, tais como o futebol ou o basquetebol, o voleibol é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos. Deve haver também uma diferença de no mínimo dois pontos com relação ao placar do adversário – caso contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja atingida. O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets.
Como o jogo termina quando um time completa três sets vencidos, cada partida de voleibol dura no máximo cinco sets. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de tie-break e termina quando um dos times atinge a marca de 15, e não 25 pontos. Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de dois pontos com relação ao placar do adversário.
Cada equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão atuando na quadra e seis permanecem no banco na qualidade de reservas. As substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo seis por set, e cada jogador só pode ser substituído uma única vez, devendo necessariamente retornar à quadra para ocupar a posição daquele que tomara originalmente o seu lugar.
Os seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra do seguinte modo. No sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede, e três mais próximos do fundo; e, no sentido da largura, dois estão mais próximos da lateral esquerda; dois , do centro da quadra; e dois, da lateral direita. Estas posições são identificadas por números: com o observador postado frente à rede, aquela que se localiza no fundo à direita recebe o número 1, e as outras seguem-se em ordem crescente conforme o sentido anti-horário.
O jogo
Posicionamento e rotação
No início de cada set, o jogador que ocupa a posição 1 realiza o saque, e, acerta a bola com a mão tencionando fazê-la atravessar o espaço aéreo delimitado pelas duas antenas e aterrissar na quadra adversária. Os oponentes devem então fazer a bola retornar tocando-a no máximo três vezes, e evitando que o mesmo jogador toque-a por duas vezes consecutivas.
O primeiro contato com a bola após o saque é denominado recepção ou passe, e seu objetivo primordial é evitar que ela atinja uma área válida do campo. Segue-se então usualmente o levantamento, que procura colocar a bola no ar de modo a permitir que um terceiro jogador realize o ataque, ou seja, acerte-a de forma a fazê-la aterrissar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto.
No momento em que o time adversário vai atacar, os jogadores que ocupam as posições 2, 3 e 4 podem saltar e estender os braços, numa tentativa de impedir ou dificultar a passagem da bola por sobre a rede. Este movimento é denominado bloqueio, e não é permitido para os outros três atletas que compõem o restante da equipe.
Em termos técnicos, os jogadores que ocupam as posições 10, 9 e 2 só podem acertar a bola acima da altura da rede em direção à quadra adversária se estiverem no “fundo” de sua própria quadra. Por esta razão, não só o bloqueio torna-se impossível, como restrições adicionais se aplicam ao ataque. Para atacar do fundo, o atleta deve saltar sem tocar com os pés na linha de três metros ou na área por ela delimitada; o contato posterior com a bola, contudo, pode ocorrer no espaço aéreo frontal.
Após o ataque adversário, o time procura interceptar a trajetória da bola com os braços ou com outras partes do corpo para evitar que ela aterrisse na quadra. Se obtém sucesso, diz-se que foi feita uma defesa, e seguem-se novos levantamento e ataque. O jogo continua até que uma das equipes cometa um erro ou consiga fazer a bola tocar o campo do lado oponente. Se o time que conquistou o ponto não foi o mesmo que havia sacado, os jogadores devem deslocar-se em sentido horário, passando a ocupar a próxima posição de número inferior à sua na quadra (ou a posição 3, no caso do atleta que ocupava a posição 4). Este movimento é denominado rodízio.
Líbero
O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. Esta função foi introduzida pela FIVB em 1998, com o propósito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplica exclusivamente a este jogador.
O líbero deve utilizar uniforme diferente dos demais, não pode ser capitão do time, nem atacar, bloquear ou sacar. Quando a bola não está em jogo, ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notificação prévia aos árbitros, e suas substituições não contam para o limite que é concedido por set a cada técnico.
Por fim, o líbero só pode realizar levantamentos de toque do fundo da quadra. Caso esteja pisando sobre a linha de três metros ou sobre a área por ela delimitada, deverá exercitar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque deverá ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede.
Pontos
Existem basicamente duas formas de marcar pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola aterrissar sobre a quadra adversária como resultado de um ataque, de um bloqueio bem sucedido ou, mais raramente, de um saque que não foi corretamente recebido. A segunda ocorre quando o time adversário comete um erro ou uma falta.

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